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sábado, 6 de dezembro de 2008

Na morada do Desejo


Aqui nesta morada o Desejo pletora
em cada fração de tempo:
Quatro quartos desta casa
é um meio em que se divide
o inteiro do Querer -
esta fruta do perigo! -
que se expõe,
com sua natureza de se/mente,
em um cesto de temor.

O Pecado mora dentro,
num terço desta prece,
onde a Súplica reza à parte
um quinto deste inferno.

Quanto se sabe da missa,
da pressa do meu rosário?!

Enfiada de 165 contas,
que eu não sei calcular,
são desejos gozosos:
15 dezenas de ave-marias
e 15 de padre-nossos
no lombo da Tentação.

Reparta apresse!

A tração é o diabo
na potência de dez:
A traçanga e a picadura,
a volúpia e a maciez
da hipotenusa mariposa
neste triângulo onde cada lado
é o imposto do Amor.

A atração é o céu
das nossas línguas
na raiz do incalculável.

O Desejo é inteiro
mesmo quando repartido
na metade de dois corpos.

Querer é fracionar-se
entre o estímulo e a frustração.
Quanto mais se divide a Vontade,
tanto mais se reparte a Ilusão.

Fracionários Nós
no coração bilateral:
transposição, hiperbibasmo:
sístole e diástole.

Entre Ele e entre Ela:

- Todos são bem-vindos!




22/01/2009

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