Pesquisar este blog

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Cornucópia







As delícias que a boca a.prova:
orgia em frutos futuros, cedentes.
Dis.postos em caldas vermelhas
sonhando a saliva no céu.


Da boca é a gula que jorra:
leitosa nata de malícia mama.
Escorre, corre, espolca, espalha...
O melaço da delícia, o deleite,
o delito, o delírio...
E no tacho o mel do melhor:
a rapa e a borra - Orra!!!


Nas bacantes saladas de amores
o suco, os sulcos, reentrâncias de açúcar.
Nos manjares a língua nervosa, estérica
e entre os dentes a carne mordida.


O molho cítrico e picante
no gozo do paladar diverso
versa o escândalo rubro do lábio
em ardente pimenta sádica.
O sal do suor na pele leguminosa:
raízes penetrantes sem fim.




As volúpias da mesa estão servidas:
clamam gônadas de apetite,
penetrantes línguas mucosas,
boca Baco - o belo!
loucura,gula dos suplicantes
em bandos na mesa farta
Pletora flora flores, 
frutas frescas, leguminosas
e um mar de prazeres se abrindo
para a colheita do amor.




- Evoé, Noé!!!!








Torres Matrice 


Nenhum comentário: