Pesquisar este blog

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A Lua na Sarjeta




A lua na sarjeta,
nua trama vil.


Teu peito, teu flanco:
blanc , blanco, bianco!


Áporo, apuro, poro,
punho, punheta.


Teu dorso de marfim,
glúteo-glosa:
lua branca, branca, branca...


Eu, você e a vaga rua:
todo o tudo em mim agora.

Amores desmontáveis
de supermercado.


O amor nega seu nome.


Quanto valem teus culhões,
teu play ground, tuas diversões?!


Agita o dorso, abre tuas coxas...


Lapida, a lépida lua,
as gotas desse gozo de aluguel.


Penetra noite adentro,
o pau da hora,
no talo do teu segundo!


Fúria de um coração selvagem...


Eu gosto desse amor que dói!
( dois homens apaixonados )
Nele me consumo, me consolo,
pelo gasto, pelo gosto, pelo gesto, pelo sumo.


Amores descartáveis,
nesse tempo capital!
Troco sempre os teus nomes
por um quarto de metal!



Mexe, me enxerga, me chama michê...


A lua contábil sabe hábil

o álibe e a libido
dessas noites nas calçadas,

nas esquinas,

na sarjeta...





17.10.2006




Nenhum comentário: